Regional participa da Conape, em Florianópolis/SC
O Sinte regional de São Miguel do Oeste/SC participou durante o final de semana em Florianópolis/SC, da Conferência Estadual Popular de Educação de Santa Catarina (Conape/SC). Segundo a Diretora Financeira do Sinte, Lorici Facchinetto, a região participou com um bom número de educadores/as e também educandos/as. "Avaliamos de maneira muito positiva a participação das pessoas e os temas trabalhados. Durante essa atividade foram apresentadas as emendas do governo e todo o retrocesso na retirada dos direitos dos/as educadores/as, as perdas na educação com esse golpe", disse ela.
Lorici destacou ainda que durante a conferência falou-se da necessidade da união da classe trabalhadora. "Em uma das palestras foi colocada a necessidade de a sociedade se unir irgentemente para retomar o que se perdeu nesse último período e se não for com a união das classes não conseguiremos recuperar nossos direitos a curto prazo", enfatizou.
Ela também destacou a elaboração de uma carta que mostra os seguintes elementos:
CARTA-MANIFESTO
CONFERÊNCIA NACIONAL POPULAR DE EDUCAÇÃO
Etapa Estadual – Santa Catarina
Os aproximadamente mil participantes da Etapa Estadual da Conferência Nacional Popular de Educação – CONAPE SC, reunidos no dia dez de março de 2018, nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina, com o apoio de inúmeras entidades da Sociedade Civil, preocupados com os rumos que o governo golpista vem determinando para a Educação Brasileira, assumem, por meio deste manifesto, o inarredável compromisso de RESISTIR e de LUTAR pela educação pública, gratuita de qualidade, para todos/as como direito humano, social e dever do Estado.
Este compromisso se materializa na intransigente defesa do Plano Nacional de Educação (Lei N.º 13.005, de 2014), o qual, diuturnamente, vem sendo desconsiderado e desconstruído pelas novas orientações do MEC e seus prepostos no Congresso Nacional, colocando em risco conquistas duramente alcançadas pela mobilização dos trabalhadores da educação e apoiadas pelas mais combativas e progressistas forças da Sociedade Civil ao longo dos anos, primeiro nas Conferências Brasileiras de Educação-CBEs, depois nos CONEDS e, mais recentemente, nas CONAEs de 2010 e de 2014.
Temos consciência de que é preciso enfrentar o recrudescimento das políticas neoliberais que tudo farão para reduzir a educação a projetos de mercado, transformando alunos em consumidores, e professores em meros reprodutores do conhecimento que interessa ao status quo. Decidimos, portanto, retomar com ainda mais força e determinação a luta em defesa da Educação Pública com que vimos sonhando e concretamente estivéramos construindo até o Golpe interceptar nossas esperanças de uma nação, mais justa e solidária.
O Golpe de 2016 desmontou importantes espaços democráticos de atuação da Sociedade Civil, entre os quais o Fórum Nacional de Educação, o FNE, retirando de sua composição várias entidades representativas dos educadores. Seu intuito foi facilitar as reformas neoliberais na educação, compatíveis com os mecanismos de controle e avaliação