Dia nacional de discussão da BNCC e a IV Conferência Estadual de Educação do Sinte
O SINTE/SC através da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais, realizou nos dias 19 e 20 de julho, no Hotel Canto da Ilha, em Florianópolis, a IV Conferência Estadual de Educação com o tema "Desafios e perspectivas em tempos de golpe".
Conforme a Diretora Financeira do Sinte regional de São Miguel do Oeste/SC, hoje, dia 02 de agosto, é o dia nacional de discussões sobre a questão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tema também trabalhado durante a conferência. Ela detalhou que os palestrantes falaram sobre a reforma do ensino médio e as parcerias privadas e sistema S que estão sendo feitas, onde se estabelece que 40% do ensino médio seja feito de maneira on-line.
Ela destacou ainda que o Sinte defende a escola pública com recursos públicos. "Estamos vivendo um período de grandes fragmentações e precisamos agir imediatamente para barrar as reformas ou toda sociedade sofrerá com as consequências. Além de os/as professores/as sofrerem com o desemprego a comunidade em geral vai sentir a perda na qualidade do ensino", explicou.
Quem participou da conferência também avaliou a necessidade de pensar em todos os elementos citados. A professora Tomea falou que os funcionários da educação estão sendo as principais vítimas da terceirização escolar. "O magistério começa a figurar como alvo da terceirização direta através das organizações sociais (OS)".
Tomea sugere a leitura da obra: FUNDEB,ESPERANÇAS E INCERTEZAS DO AUTOR CESAR CALLEGARI, para se pensar no momento que a sociedade está vivendo.
Além dela, a professora Gicele avaliou com preocupação todas as questões levantadas. "Na IV conferência da educação tivemos a oportunidade de através de palestras, discussões de mesa ter maior clareza sobre a situação atual e de como isso já está presente no nosso dia a dia. A Privatização da educação (ensino médio) vem de encontro a mais uma das tantas maldades impostas a nossa classe pelo governo. E ela está sendo progressiva. A grande maioria das nossas escolas já não disponibiliza o ensino noturno dificultando que o aluno que trabalha durante o dia possa cursar na rede pública o ensino médio. Esta fragmentação da educação básica estimula a privatização da etapa final de nível médio e junto a isso promove a desprofissionalização do magistério seja ele do quadro efetivo ou act", finalizou.